quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Madrasta ou boadrasta?

A palavra madrasta vem do latim vulgar matrasta , que vem de "mãe" (mater), porém no sentido de "mulher do pai", mãe que não é mãe, mulher que se tornou mãe "postiça" na ausência da mãe verdadeira.
Este conceito se adequava antigamente quando os homens ficavam viúvos e se casavam novamente, hoje em dia com o divórcio legalizado e os casamentos "sem compromisso", a madrasta se tornou uma figura muito presente na vida de crianças e adolescentes, que têm a mãe biológica viva. São as chamadas famílias estendidas, irmãos por parte de pai, irmãos por parte de mãe, grandes famílias.
A madrasta sempre foi vista de forma distorcida, os contos de fadas, contribuíram muito com este protótipo do mal. As madrastas da Branca de Neve quis matá-la, a da Cinderela a escravizava e a do João e Maria os abandonou na floresta. Eram mulheres más, que não amavam seus enteados e muito menos seus maridos.
A madrasta moderna, não tem a intenção de "tomar" o lugar da mãe, mas caminhar na mesma direção, com os mesmos objetivos.
Conheço muitas madrastas modernas que mais parecem boadrastas do que outra coisa, muitas terminaram de criar seus enteados, maravilhosamente bem. Se tornaram amigas, avós tortas, ou como eu chamo carinhosamente, vódrastas orgulhosas e babonas.
Ser madrasta é abrir mão, logo de cara, do sonho de criar uma criança desde os seu nascimento (lógico que elas realizam este sonho quando tem seus próprios filhos), mas assim que se casam com o homem que já tem filhos e muitas vezes os mesmos moram com ele, é este o primeiro sentimento: vou aprender a ser mãe de crianças crescidas, sem nunca ter estado grávida...
Muitas acertam e muitas erram, acredito que no sentido de acertar, porém com todas as dificuldades que se apresentam (rejeição das crianças, influência negativa da mãe verdadeira, incompatibilidade de gênios, não aceitação das suas orientações e assim vai...) é muito difícil lidar com seres que muitas vezes vêm com uma bagagem de infelicidade, de carência, de desorientação, de traumas, eles não abrem suas vidas e seus corações para que a madrasta possa entrar e conhecer seus problemas e talvez ajudar a resolvê-los.
Existem também aquelas madrastas que não suportam seus enteados e fazerm da vida deles um verdadeiro inferno (Pronto Falei!!! ) mas eu não conheço este tipo de pessoa.
Ser madrasta tem suas recompensas, quando se estabelece uma relação de amor e respeito com seus enteados, a vida com o esposo fica maravilhosa e a família apesar da falta de laços de sangue fica unida e feliz, é quando a madrasta muda este título tão carregado de negatividade e passa a ser a: mãedrasta.

Fiquem com Deus.

Beijos meus amores...Tchau!!!

Um comentário: